DISJUNÇÃO ANULAR MITRAL E ARRITMIAS: RELATO DE CASO EM PACIENTE SOB TRATAMENTO ONCOLÓGICO COM PEMBROLIZUMABE

Autores

  • Adriane Menezes de Medeiros Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul
  • Mateus Peloso Velho Hospital CASSEMS
  • Mariane Menezes de Medeiros Hospital Ipiranga
  • Melissa Wohnrath Bianchi Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul
  • Mariane Higa Shinzato Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia

Palavras-chave:

Prolapso da-Valva Mitral, Imunoterapia, Disjunção do Anel Mitral

Resumo

Introdução: O prolapso da válvula mitral é uma condição relativamente frequente, apresentando uma prevalência de aproximadamente 2% na população. Geralmente, o prognóstico é favorável. Contudo, em uma pequena proporção de pacientes pertencentes às faixas etárias jovens e de meia-idade, observou-se uma associação desse quadro com arritmias ventriculares malignas, principalmente quando ocorre a disjunção anular mitral (DAM). Objetivo: Relatar um caso de DAM  como causa de arritmias ventriculares, sendo um diagnóstico diferencial de arritmia induzida por imunoterapia. Descrição do caso: Mulher, 48 anos, realizou tratamento de neoplasia de mama com pembrolizumabe. Dois anos após, é encaminhada para investigação de palpitação e avaliação quanto à possibilidade de associação do quadro com o imunoterápico. Na anamnese, destacava quadro de palpitação mesmo antes do tratamento oncológico. O eletrocardiograma apresentava ritmo sinusal e presença de 2 extrassístoles ventriculares isoladas. Solicitado Holter de 24h que evidenciou ritmo sinusal e extrassístoles ventriculares de alta incidência. O ecocardiograma não apresentava alterações dignas de nota. À ressonância magnética cardíaca (RMC), átrios e ventrículos direito e esquerdo evidenciaram dimensões e funções preservadas, músculos papilares com hipointensidade em relação ao miocárdio, valva mitral com prolapso, deslocamento sistólico mínimo em direção ao átrio medido 2 mm acima do plano valvar e disfunção do anel mitral, medindo 8 mm. Diante disso, é iniciado terapia com betabloqueador e paciente evoluindo em seguimento ambulatorial, com melhora clínica. Ademais, concluído que não se trata de uma arritmia induzida pela imunoterapia.  Discussão: O pembrolizumabe trata-se de uma imunoterapia, classificada como inibidor de checkpoint imunológico (ICI). A cardiotoxicidade dos ICI pode ser agrupada em duas categorias: efeitos adversos inflamatórios (miocardite, pericardite e vasculite) e toxicidade cardiovascular não inflamatória (síndrome Takotsubo-like, disfunção ventricular assintomática não inflamatória e arritmias). Mas, diante dos dados da anamnese e dados da RMC, descartou-se a associação do pembrolizumabe com o quadro clínico. Conclusão: O estudo destaca a importância do Cardio-Oncologista, ao diagnosticar a DAM como causa da arritmia, e a não associação, nesse caso, com o imunoterápico, o que poderia ser relatado como evento adverso. 

Biografia do Autor

Adriane Menezes de Medeiros, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul

Autor, Medicina, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul

Mateus Peloso Velho, Hospital CASSEMS

Coautor, Médico, Hospital CASSEMS

Mariane Menezes de Medeiros, Hospital Ipiranga

Coautora, Médica, Hospital Ipiranga

Melissa Wohnrath Bianchi, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul

Coautora, Medicina, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul

Mariane Higa Shinzato, Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia

Orientadora, Cardiologista, Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia

Referências

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Publicado

2024-07-25

Como Citar

de Medeiros, A. M., Velho, M. P., de Medeiros, M. M., Bianchi, M. W., & Shinzato, M. H. (2024). DISJUNÇÃO ANULAR MITRAL E ARRITMIAS: RELATO DE CASO EM PACIENTE SOB TRATAMENTO ONCOLÓGICO COM PEMBROLIZUMABE. ANAIS DO III JORMED, 1. Recuperado de https://anaisonline.uems.br/index.php/jormed/article/view/9720

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