TENDÊNCIAS TEMPORAIS E ANÁLISE DA INCIDÊNCIA DE SÍFILIS ADQUIRIDA NAS MICRORREGIÕES DE SAÚDE DE MATO GROSSO DO SUL

Autores

  • Luís Henrique Alves Gratão Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul
  • Leandro Antero Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul

Palavras-chave:

Sífilis Adquirida, Incidência, Tendência Temporal, Mato Grosso do Sul

Resumo

Introdução: a sífilis adquirida (SA), uma infecção sexualmente transmissível (IST) causada pelo Treponema pallidum, desafia a saúde pública, destacando-se como uma das ISTs mais comuns. Em 2022, Mato Grosso do Sul (MS) registrou uma alta incidência de SA, com 103,7 casos por 100 mil habitantes. Objetivo: analisar a tendência da incidência de sífilis adquirida de 2010 a 2021 nas Microrregiões de saúde de Mato Grosso do Sul. Metodologia: estudo epidemiológico descritivo com análise de séries temporais, utilizando dados secundários do Sistema de Informação de Agravos de Notificação e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. A construção da série temporal com as respectivas incidências (n° casos ao ano/população residente do município*100 mil), foi feita com o software JoinPoint Regression Program, que calcula a média da variação percentual no período estudado (AAPC), que considera valor negativo uma tendência decrescente e valor positivo uma tendência crescente. Resultados e Discussão: os resultados revelaram um aumento crescente nos casos em diversas Microrregiões, como Aquidauana (AAPC 12,3%), Campo Grande (Costa Rica AAPC 26,8%, Maracaju AAPC 15,4%, São Gabriel do Oeste AAPC 11,6%, Sidrolândia AAPC 15,7%), Dourados (Dourados AAPC 14,2%, Fátima do Sul AAPC 14,7%), Jardim (Bonito AAPC 12,4%), Naviraí (Juti AAPC 6,4%, Naviraí AAPC 33,1%), Paranaíba (Chapadão do Sul AAPC 18,6%), Ponta Porã (Amambai AAPC 16,3%, Aral Moreira AAPC 14,7%, Tacuru AAPC 15,8%), e Três Lagoas (Bataguassu AAPC 8,9%, Santa Rita do Pardo AAPC 27,7%, Selvíria AAPC 10,5%). Esse aumento pode ser atribuído a ações de saúde eficazes ou negligência dos serviços de saúde. Por outro lado, algumas áreas mostraram uma tendência decrescente, como Ribas do Rio Pardo (AAPC -12,1%), Coxim (AAPC -14,9%), Sonora (AAPC -21,5%), Eldorado (AAPC -10,2%), e Antônio João (AAPC -14,9%), possivelmente devido a políticas de prevenção eficazes ou subnotificação de casos após 2020 devido à pandemia de COVID-19. Conclusão: esses resultados fornecem um panorama temporal da SA nas Microrregiões de saúde de MS, destacando áreas prioritárias para políticas de promoção e prevenção das ISTs.

Biografia do Autor

Luís Henrique Alves Gratão, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul

Autor apresentador, Medicina, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS)

Leandro Antero, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul

Orientador, Docente do curso de Medicina, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS)

Referências

Centers for Disease Control and Prevention (CDC). Sexually Transmitted Diseases (STDs) - Syphilis - CDC Fact Sheet. [Internet]. Disponível em: https://www.cdc.gov/std/syphilis/stdfact-syphilis.htm. Acesso em: 20 jan. 2024.

SOUSA, Ana Clara Ferraz et al. Análise epidemiológica dos casos de sífilis na gestação em Uberlândia (MG) de 2011 a 2020. Journal Health NPEPS., v. 7, n. 1, e5666, jan-jun., 2022. Disponível em: https://periodicos.unemat.br/index.php/jhnpeps/article/view/5666/4641. Acesso em: 20 jan. 2024.

VERONESI, R. Tratado de Infectologia. 4. Ed. São Paulo: Editora Atheneu, 2009. Capitulo 77, p.1405-1411.

Publicado

2024-07-25

Como Citar

Gratão, L. H. A., & Antero, L. (2024). TENDÊNCIAS TEMPORAIS E ANÁLISE DA INCIDÊNCIA DE SÍFILIS ADQUIRIDA NAS MICRORREGIÕES DE SAÚDE DE MATO GROSSO DO SUL. ANAIS DO III JORMED, 1. Recuperado de https://anaisonline.uems.br/index.php/jormed/article/view/9707