ESTUDO DA RELAÇÃO ENTRE ESTRESSE, SONO E DESEMPENHO ACADÊMICO DOS ESTUDANTES DE MEDICINA DE CAMPO GRANDE
Palavras-chave:
Estresse Psicológico, Estresse Emocional, Qualidade do Sono, Duração do Sono, Desempenho AcadêmicoResumo
Introdução: O sono é indispensável à manutenção da fisiologia cerebral, ao aprendizado e ao raciocínio, necessários ao bom desempenho acadêmico. Ele está sujeito ao ambiente e a estressores, comumente presentes no cotidiano de estudantes de medicina pelas exigências do curso, podendo prejudicar a retenção de conhecimentos. Objetivo: Relacionar os problemas do sono e/ou de estresse ao mau desempenho acadêmico na população alvo. Metodologia: A pesquisa de caráter transversal foi realizada por convite de estudantes de medicina da UEMS em grupos no aplicativo WhatsApp e dos presentes na UEMS, via link, que acessava ao TCLE, ao questionário sociodemográfico e ao campo para preencher o coeficiente de rendimento acadêmico. Os participantes aptos responderam aos instrumentos Mini Sleep Questionnaire (MSQ) e Sintomas de Stress de Lipp (ISSL). As respostas válidas foram organizadas em planilha e analisadas pelo software SPSS, com significância de 5% para calcular prevalências de sintomas e para realizar possíveis associações entre estresse, insônia e rendimento acadêmico. Foi utilizado teste do qui-quadrado para verificar a associação entre o rendimento acadêmico, categorizado em notas abaixo de 7,5, entre 7,6 e 8,5 e acima de 8,5, e a qualidade do sono e os sintomas de estresse, categorizados quanto à frequência em que estavam presentes. Apresentado o V de Cramer para indicar o grau de associação entre variáveis. O projeto foi aprovado pelo CESH da UEMS. Resultados: Obtidas 53 respostas de 273 possíveis para o ano letivo de 2022. Não foi obtida nenhuma significância estatística em nenhuma das associações. Considerando sexo, não houve diferença no rendimento acadêmico e nos sintomas. Foi encontrada associação moderada (V = 0,537) entre rendimento acadêmico e quantidade de sintomas da Fase II do ISSL, assim, 28,83% das variações do rendimento acadêmico se explicam pelas frequências da quantidade de sintomas apresentados e vice-versa. Discussão: Tal desfecho resulta da inadequação de aspectos da pesquisa, como método de coleta dos dados, melhor delimitação do público-alvo e objetivos. Conclusão: Pela importância do sono para a saúde e pelos desafios da formação médica, deve-se realizar mais pesquisas para fornecer dados sobre a saúde mental estudantil, possibilitando medidas de mitigação e de acolhimento nas universidades.
Referências
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