LEISHMANIOSE VISCERAL E COINFECÇÃO LEISHMANIA-HIV: NÍVEL DE CONHECIMENTO DA POPULAÇÃO ADSCRITA DE UMA SUBREGIÃO DE CAMPO GRANDE/MS

Autores

  • Júlia Soares de Oliveira Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul
  • Vitória Ferreira Alves Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul
  • Gabriela Correa Cruz Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul
  • Karine Lima Nunes Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul
  • Mirella Ferreira da Cunha Santos Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul

Palavras-chave:

Leishmaniose, Coinfecção, HIV, População

Resumo

Introdução: A leishmaniose visceral (LV) é uma doença infecciosa causada por protozoários do gênero Leishmania e transmitida pela picada do inseto flebótomo do gênero Lutzomyia. No meio urbano, os cães domésticos desempenham papel de reservatórios e amplificadores do parasita facilitando sua propagação. Somado a isso, a coinfecção Leishmania-HIV aumenta a gravidade do quadro nos pacientes afetados. Nesse sentido, por Campo Grande ser uma área endêmica, percebeu-se a importância de realizar um estudo social para verificar o conhecimento da população acerca da transmissão, prevenção e complicações causadas pela leishmaniose visceral e sua coinfecção com HIV. Objetivo: Relatar a experiência dos acadêmicos de medicina na elaboração e aplicação de um instrumento para investigar o nível de conhecimento sobre leishmaniose visceral e a coinfecção Leishmania-HIV. Descrição: Elaboramos e aplicamos um questionário eletrônico com perguntas objetivas a 27 pessoas de ampla faixa etária, sobre o conhecimento da quantidade de casos de leishmaniose em Campo-Grande-MS, formas de transmissão, a proximidade com possíveis reservatórios da doença e a coinfecção Leishmania-HIV. Discussão: Ao aplicarmos o questionário, foi percebida uma contradição, 59,3% eram cientes que Campo Grande é uma cidade endêmica da doença, e uma parcela significativa até mesmo relata casos conhecidos de infecção. Por outro lado, como maioria tinha conhecimento sobre o grande número de casos, havia expectativas que a população soubesse a forma de transmissão, prevenção e reservatórios da leishmaniose visceral, porém mais da metade dos participantes admitiu não saber tais informações. Além disso, esperava-se que a população não tivesse conhecimento sobre a coinfecção leishmaniose-HIV, pois é um assunto pouco debatido e, como comprovado pelos resultados do questionário, evidenciou-se que 92,6% não conheciam o quadro e de suas consequências. Conclusão: Dessa forma, nota-se uma lacuna na disseminação de informações, já que essa parte da população está ciente da doença, porém desconhece as medidas preventivas. Consequentemente, esse cenário corrobora a dificuldade em diminuir a incidência de casos no município de Campo Grande.

Biografia do Autor

Júlia Soares de Oliveira, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul

Autor apresentador, Medicina, Universidade Estadual do Mato grosso do Sul (UEMS)

Vitória Ferreira Alves, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul

Coautor, Medicina, Universidade Estadual do Mato grosso do Sul (UEMS)

Gabriela Correa Cruz, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul

Coautor, Medicina, Universidade Estadual do Mato grosso do Sul (UEMS)

Karine Lima Nunes, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul

Coautor, Medicina, Universidade Estadual do Mato grosso do Sul (UEMS)

Mirella Ferreira da Cunha Santos, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul

Orientadora, Docente do Curso de Medicina, Universidade Estadual do Mato grosso do Sul (UEMS)

Referências

FURLAN, Mara Beatriz Grotta. Epidemia de leishmaniose visceral no Município de Campo Grande-MS, 2002 a 2006. Epidemiologia e Serviços de Saúde, v. 19, n. 1, p. 16-25, 2010.

LUZ, Zélia M. Participação da população na prevenção da leishmaniose visceral: como superar as lacunas?. Cadernos de Saúde Pública, v. 32, 2016.

SOUSA-GOMES, Marcia Leite de et al. Coinfecção Leishmania-HIV no Brasil: aspectos epidemiológicos, clínicos e laboratoriais. Epidemiol. Serv. Saúde, Brasília, v. 20, n. 4, p. 519-526, dez. 2011.

Brasil. Ministério da Saúde. Saúde epidemiológica da Leishmaniose Visceral. 2022.

Publicado

2024-07-25

Como Citar

de Oliveira, J. S., Alves, V. F., Cruz, G. C., Nunes, K. L., & Santos, M. F. da C. (2024). LEISHMANIOSE VISCERAL E COINFECÇÃO LEISHMANIA-HIV: NÍVEL DE CONHECIMENTO DA POPULAÇÃO ADSCRITA DE UMA SUBREGIÃO DE CAMPO GRANDE/MS. ANAIS DO III JORMED, 1. Recuperado de https://anaisonline.uems.br/index.php/jormed/article/view/9705