PROMOÇÃO DE ATIVIDADES LÚDICAS SOBRE ENTEROPARASITOSES NA ESCOLA INDÍGENA JOÃO BATISTA FIGUEIREDO
UMA AÇÃO EXTENSIONISTA
Palavras-chave:
promoção da saúde; enteroparasitoses; indígenas terena.Resumo
Introdução: Tendo em vista o conhecimento ampliado e atualizado de “Saúde”, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), e a primordialidade de controlar, promover e prevenir os danos desde os anos iniciais de vida, realizar a Educação em Saúde é fundamental para o estímulo de mudanças de hábitos, melhoria da qualidade de vida e para diminuição da morbimortalidade. A Fundação Nacional de Saúde (2007), afirma que “a Educação em Saúde se constitui como um conjunto de práticas pedagógicas e sociais, de conteúdo técnico, político e científico, que no âmbito das práticas de atenção à saúde deve ser vivenciada e compartilhada”. Objetivo: Esse trabalho teve como objetivo analisar o nível do conhecimento prévio das crianças sobre enteroparasitoses, um grave problema de saúde pública com forte influência de fatores socieconômicos, e promover ações de prevenção em uma Escola Indígena de Ensino Fundamental na Aldeia Tereré, no Estado do MS. Metodologia: Acatando a metodologia proposta pelo projeto, as ações ocorreram em três momentos com o propósito de observar a realidade, definir os pontos chaves, realizar teorização, estabelecer hipóteses de solução e a aplicar os conceitos estudados à realidade da população em questão. Resultados e discussão: Nesses encontros, dinâmicas com a utilização de imagens relacionadas aos parasitas intestinais foram realizadas com o intuito de fazer levantamento do conhecimento preliminar das crianças, seguidas de explanação sobre assunto para obtenção de aprendizado. Além das atividades citadas, foram executadas também oficinas de lavagem adequada das mãos e de hábitos de higiene. Por fim, foi feita a mensuração do conhecimento obtido através de feedback das crianças durante roda de conversa, na qual estas puderam discutir o que foi aprendido. A partir das avaliações das ações foi percebido que o resultado inicial esperado de promover ação em saúde, maximizar conhecimentos e mudanças de hábitos foram atingidos. Considerações finais: Constata-se, portanto, que, embora a população indígena esteja em transição epidemiológica, caracterizada pelo aumento de doenças crônicas não transmissíveis e uma redução significativa de doenças infecciosas e parasitárias, ações como essas são indispensáveis. Visto que, a internalização de hábitos de saúde e higiene nas crianças sempre será necessária para que maior contingente de pessoas seja conscientizado e, com isso, haja uma diminuição ainda mais evidente das doenças enteroparasitárias nas estatísticas.
Referências
BRASIL. Fundação Nacional de Saúde. Diretrizes de educação em saúde visando à promoção da saúde. Brasília: Funasa, 2007.
COIMBRA JR., C. E. A., SANTOS, R. V.; ESCOBAR, AL., orgs. Epidemiologia e saúde dos povos indígenas no Brasil [online]. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ; Rio de Janeiro: ABRASCO, 2005. 260 p. ISBN: 85-7541-022-9. Available from SciELO Books.