REAPROVEITAMENTO DOS SUBPRODUTOS SÓLIDOS RESULTANTES DO PROCESSAMENTO INDUSTRIAL DA CANA DE AÇÚCAR PARA COGERAÇÃO DE ENERGIA: UM ESTUDO DE CASO

Resumo

O  uso  da  biomassa  no  Brasil  vem  aumentando  nos  últimos  anos  e atualmente  ocupa  o terceiro lugar como fonte de oferta interna de energia utilizada no país.  O  Brasil é conhecido mundialmente  pela  comercio  de açúcar  e  etanol,  além  dessa  contribuição  o  setor sucroenergético  vem  se destacando  por  poder  contribuir  para  a  matriz  energética  brasileira, através  do  reaproveitamento  dos  resíduos  sólidos  resultantes  da  atividade industrial  para  a cogeração  de  energia  elétrica  Dentro  deste  cenário  o projeto  se  coloca  com  o  objetivo  de avaliar  os  procedimentos  adotados para  o  reaproveitamento  dos  resíduos  gerados  no processamento  industrial da  cana  de  açúcar  para  a  cogeração  de  energia  verificando  as vantagens ambientais, econômicas e energéticas. O projeto teve como metodologia principal a realização dos dados  através de visitas técnicas e entrevistas  como  também  levantamento de informações na própria indústria, além de investigação de trabalhos disponíveis na literatura. No  presente momento  devido  a  dificuldade  de  colaboração  das  usinas  para elaboração do projeto  somente  uma  usina  foi  entrevistada,  sendo  esta  localizada  no município  de  Nova Alvorada do Sul, MS.  Na usina visitada o único resíduo utilizado para cogeração é o bagaço de  cana,  pois  o  uso  da  palha  da  cana tornaria  o  processo  de  fabricação  de  etanol  de  baixa qualidade e também a possível retirada da palha na área agrícola, seu acondicionamento e seu transporte acarretaria um gasto desnecessário para a usina.  A cogeração é realizada desde a implantação  da  usina  em  2009,  pois  esta  usina  tinha na sua  planta  inicial  a  produção  de energia elétrica através da utilização do bagaço de cana. Para a venda da energia através da cogeração ocorrer é necessário que cada usina participe de um leilão do governo federal.  A usina em questão possui um contratado de Energia de Reserva com duração até 2020 que tem como  peculiaridade  a  garantia  fixa  de  que  a  usina  deverá fornecer  70%  da  produção  de energia  para  a  rede  elétrica  de distribuição. A  cogeração  de  energia  tem  como  principais vantagens,  o  uso  do passivo ambiental  gerado  pelo  bagaço  da  cana  que  com  o reaproveitamento dispensa o uso de grandes áreas para armazenagem do mesmo e a venda de energia gera um lucro altamente rentável para as unidades sucroenergéticas.