PARTIDA DE UM REATOR DE FLUXO ASCENDENTE COM MANTA DE LODO OPERADO COM SORO DE QUEIJO

Autores

  • Paula de Sousa Polini UEMS
  • Nanci Cappi
  • Stanley Pereira Ávalo
  • Rafael Silva Pareira
  • Fabiane Ortiz C. G. Coca

Resumo

O  desenvolvimento  da  cadeia  produtiva  do  leite  tem  ocasionado  o aumento  dos resíduos  gerados  em  laticínios,  e  estes,  quando  manejados de  forma  inadequada,  podem contaminar  os  recursos  hídricos,  o  solo  e  o ar.  O  tratamento  desses  resíduos  em  reatores anaeróbios  é  uma excelente  alternativa,  no  entanto,  por  se  tratar  de  resíduo  com  alta carga orgânica de origem lipídica, o início do processo pode ser dificultado. Objetivou-se monitorar a partida de um reator de fluxo ascendente com manta de lodo operado com soro de queijo em diferentes  diluições.  O  experimento foi  conduzido  no  laboratório  de  Resíduo  de  Origem Animal  da  Unidade Universitária  de  Aquidauana/UEMS.  Utilizou-se  reator  anaeróbico  em PVC,  com 40 L de capacidade, onde se adicionou  15 L de lodo e 5 L de pedra brita fina.  O abastecimento foi realizado por gotejamento por meio de torneira acoplada em um tambor  de 50 litros, e colocado acima do nível do reator. Foram realizadas as análises de monitoramento: teores de sólidos totais (ST), sólidos voláteis (SV) e pH.  A avaliação  foi realizada  durante  50 dias, dividida em duas fases de 30 e 20 dias com TRH de 48h para cada fase. Na primeira fase foi  abastecido com  1,5% (volume/volume)  e na  segunda  com  2,5% (volume/volume) de soro de  queijo  homogeneizado,  peneirado,  fervido  e misturado  com  0,5  %  (massa/volume)  de bicarbonato  de sódio  (NaHCO3). Na primeira fase  as reduções de sólidos foram de 24,19 % (ST) e 23,33 % (SV). Os  valores  médios de pH  de  6,76 (afluente) e 7,1 (efluente) estiveram na faixa recomendada para o bom funcionamento do processo de digestão anaeróbia, que deve permanecer  próximo  da  neutralidade.  Na segunda  fase  o  aumento  do  soro  proporcionou melhores  reduções  com 53,15%  (ST)  e  52,82%  (SV),  contudo  o  pH  decresceu  para  6,35 (efluente),  valor  inadequado  para  o  bom  desempenho  do  processo.  Pode-se  concluir  que  adiluição 2,5% apresenta  melhores  condições de partida do processo, com  melhores  reduções de  ST  e  SV,  porém,  para  o funcionamento  satisfatório  do  reator,  sugere-se  aumentar  a quantidade de bicarbonato concomitante com o aumento do soro ou utilizar outro produto que possa corrigir o pH sem inibir o processo de digestão.

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Publicado

2015-02-20

Como Citar

Polini, P. de S., Cappi, N., Ávalo, S. P., Pareira, R. S., & Coca, F. O. C. G. (2015). PARTIDA DE UM REATOR DE FLUXO ASCENDENTE COM MANTA DE LODO OPERADO COM SORO DE QUEIJO. ANAIS DO ENIC, (6). Recuperado de https://anaisonline.uems.br/index.php/enic/article/view/2480

Edição

Seção

CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA

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