OS DIÁLOGOS ESCOLARES E AS DIFERENÇAS ÉTNICO-CULTURAIS: A LEITURA DAS TEXTUALIDADES INDÍGENAS COMO DESCOBERTA DE OUTRO OLHAR

Resumo

A presente pesquisa tem como  objetivo entender    as relações sociais dos indígenas, no processo de identificação no interior da escola Municipal indígena Tengatuí Maranguatu localizada  na  aldeia  Dourados  MS.  A  concepção  dos  estudos  culturais  permitiu  a discussão sobre as dificuldades enfrentadas pelo  multiculturalismo presente na realidade índigena.  Identificamos  as  características  e  influências  indígenas  na  construção  da identidade  cultural  sul-  mato-grossenses  no  contexto  escolar  da  escola  citada.  Nosso trabalho  valorizou  os  relatos orais,  as  trocas  de  experiências,  por  meio  das  atividades escrita e didáticas programadas e promovendo interação de ideias, valores, aproximando a  compreensão  da  identidade  indígena.  Conhecemos  as  percepções,  sentimentos, experiências  dos  participantes  sobre  conteúdo  histórico,  problematizado  a  discussão política  social,  esta  forma  de  trabalho  é  um  dos  instrumentos  grupo  focal.  O  método etnográfico  e  da  história  oral  está  presente  na  pesquisa,  através  das  textualidades indígenas  apropriando -se  da  história  das  lideranças,  para  emancipação  cultural  das etnias Guarani Kaiowá, Terena (GUATEKA), nas práticas educacionais. A escuta e os discursos dos sujeitos sobre a cultura, a memória, a oralidade, e o preconceito é algo que merece destaque e superação favorecendo a construção de um olhar mais justo. O aporte teórico, da etnografia, a revisão literária, fundamenta, compara e analisa o registro das narrativas,  do  indígena  e  as  diferentes  variações  linguísticas.  O  trabalho  de  registro textual   requer  uma  temporalidade  diferenciada,  conceitue  a  identidade/da  consciência como  forma  de  diálogos  culturais.  Este  diálogo  faz-se  necessário  para  valorizar  o registro  histórico,  percebendo  a  dinâmica  do  apagamento  cultural  do  colonizador  em relação ao colonizado, o que desqualifica a emancipação, e a percepção de identificação dos povos indígenas.