O TRABALHO EM SAÚDE E O APOIO PAIDÉIA

Resumo

Este trabalho apresenta um breve discurso sobre o Apoio Paidéia e a experiência da  autora  como  apoiadora.  A  Política  Nacional  de  Humanização  -  PNH em  suas diretrizes nos direciona para uma gestão compartilhada e o Apoio Paidéia no trabalho em  saúde  se  apresenta  como  uma  forma  de reorganizar  a  dinâmica  das  relações  na instituição,  apostando  na construção  coletiva,  superando  o  modelo  tradicional  que historicamente  se apresenta  nas  organizações,  se  “infiltrando”  nas  possibilidades  de intervenção. Propusemos a pesquisar sobre o papel do apoiador, conectando  a trajetória profissional  da  autora,  os  processos  de  formação  ao  qual  foi inserida  e  as  pesquisas teóricas sobre o tema oferecidas no mestrado profissional.  A  PNH  foi com  a  oferta de um  “modo  de  fazer”  e  oferecer dispositivos  para  alcançarmos  um  sistema  de  saúde humanizado e democrático. O princípio da PNH se remete aquilo que dispara processos, que proporciona ou causa mudanças nas práticas de atenção e gestão. Numa visão mais abrangente, parte das experiências concretas, numa forma de fazer o reencantamento do concreto  atrelado  ao  protagonismo,  a  autonomia  e  a produção  de  subjetividade  do usuário. A aposta é a tecnologia relacional, um modo de fazer a tríplice inclusão entre gestores,  usuários  e  trabalhadores.  O objetivo  era  o  de  pesquisar  sobre  o  apoio institucional utilizando a pesquisa qualitativa e descritiva como metodologia a partir das experiências como apoio no Hospital Universitário da UFGD.  O  método inclusivo do apoio  tem  a vertente  de  criar  uma  função  multiplicadora,  que  são  os  agentes  de contagio, que vão provocar uma reversão nas práticas do trabalho em saúde, visando a prática  reflexiva  e  crítica  que  gere  autonomia  e  protagonismo. É  um  método  que  faz incluir também as crises, que nas práticas em saúde é um valoroso potencializador de mudanças. O apoiador é aquele que produz equilíbrio e não age para facilitar a vida das pessoas, mas oportuniza momento que permite pensar sobre as facilidades que podem surgir nas discussões. Deste processo a minha identidade como apoiadora institucional foi  construída, através  de  um  árduo,  desafiador  e  inconclusivo  processo  de  formação que está intrínseco cotidianamente no meu processo de trabalho.