ATIVIDADE CITOTÓXICA DO ÓLEO E FRAÇÕES DE Pluchea quitoc (ASTERACEAE)

Autores

  • Fernanda Veiga dos Santos UEMS
  • Euclésio Simionatto
  • Marcia Regina Pereira Cabral

Resumo

Pluchea quitoc DC (Asteraceae) é uma planta medicinal usada popularmente em algumas  regiões brasileiras. Por não haver na literatura registros  sobre possíveis efeitos biológicos  do  óleo  essencial,  o  presente  trabalho  objetivou estudar  as  atividades citotóxica  e antioxidante  da espécie Pluchea quitoc.  O óleo essencial de Pluchea quitoc foi extraído através do emprego do extrator Clevenger. Após isolamento do óleo, este foi analisado por cromatografia em camada delgada (CCD) a fim de observar possíveis compostos  e  frações possíveis  de  isolamento.  Após  definir  o  sistema  de  solvente (hexano/acetato  de  etila,  90:15)  o  óleo  (100mg)  foi  submetido  a fracionamento  em cromatografia em camada delgada preparativa, sendo possível a obtenção de 3 frações (FR1,  FR2,  FR3).    Foram  avaliadas  as composições  de  voláteis  do  óleo essencial  e frações  através da técnica  de cromatografia gasosa acoplada a espectrometria de massa (CG-EM).  Através das analises observou-se que o óleo é composto principalmente por sesquiterpenos oxigenados farnesol e farnesol acetato. Na analise das frações obteve-se o  isolamento  do  composto farnesol  acetato  (FR1)  e  o enriquecimento  dos  compostos sesquiterpenicos farnesol   e   eudesm-4(14)-en-11-ol  (FR2).  A  atividade  citotóxica  do óleo  puro  e  frações  foram avaliadas  frente  a  oito  linhagens  de  células neoplásticas, U251 (glioma SNC), MCF-7 (mama), NCI-ADR/RES (ovário com fenótipo resistente), 786-0 (rim), NCI-H460 (pulmão), OVCAR-3 (ovário),  Ht-29 (colón), K562 (leucemia) e  PC-3  (próstata).  Na  analise  da  atividade citotóxica,  observou-se  que óleo  foi  mais ativo contra a célula  PC-3 (próstata). Entre as frações a mais ativa foi a FR3,  rica no sesquiterpeno  eudesm-7(11)-en-4-ol,  contra  a linhagem  MCF7  (mama).  Os  demais resultados  demostraram  fraca atividade  quando  comparada  a  literatura.  A  capacidade antioxidante do  extrato  bruto e frações (hexanica e acetato de etila)  de  Pluchea quitoctambém foram  avaliadas  pelo método de sequestro do radical  livre  2,2-difenil-1-picrilhidrazila  (DPPH).  De  acordo  com  os  resultados  obtidos  de atividade  antioxidante  a fração  acetato  de  etila  e  o  extrato  bruto  foram os  que  apresentaram  uma  atividade antioxidante  relevante,  o  que  pode ter  importância  nos  estudos  de  identificação  de composto bioativos, relacionados a prevenção do estresse oxidativo.

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Publicado

2015-02-13

Como Citar

dos Santos, F. V., Simionatto, E., & Cabral, M. R. P. (2015). ATIVIDADE CITOTÓXICA DO ÓLEO E FRAÇÕES DE Pluchea quitoc (ASTERACEAE). ANAIS DO ENIC, (6). Recuperado de https://anaisonline.uems.br/index.php/enic/article/view/2269

Edição

Seção

CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA

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