NA CASA DA MEMÓRIA: DESENREDANDO A HISTÓRIA NA OBRA DE MIA COUTO.
Resumo
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Almejamos apontar os espaços encontrados nas obras do Moçambicano Mia Couto, “A Varanda do Frangipani” (2007) e “Antes de Nascer o Mundo” (2009). Observou-se no primeiro romance, personagens que compõem tanto o mundo da modernidade quanto o ancestral africano. Há um espaço verossímil que se faz metafórico, o asilo, onde se passa a história, lido como Moçambique. O frangipani, não é somente a árvore do asilo, mas um símbolo de equilíbrio entre o antigo e o moderno. Esta dualidade percebe-se nas personagens, os velhos, um mundo anterior a guerra, representantes do universo ancestral, Marta, uma enfermeira, a mediadora entre eles e Naíta, incapaz de compreender os velhos. A segunda obra tem o espaço/representação metafórica da Moçambique pós-guerra “Jesusalém”. As palavras escritas e o silêncio desejado pelo pai do narrador-personagem Mwanito, são o contraponto ancestralidade x modernidade. As personagens femininas são as principais representantes da ancestralidade, podemos vê-las também como espaço de existência da mesma. Na primeira obra, a velha que chama a atenção para o antigamente ou Marta que vive bem entre os dois mundos e na segunda, a estrangeira que só existe quando escreve ou na mãe só vista através da rememoração. As obras apresentam ao final a possibilidade de convívio harmonioso, com a manutenção da ancestralidade em defesa da modernidade, marco da literatura de Mia Couto, com o projeto de nacionalidade inscrito na elaboração de sua literatura. Utilizou-se como metodologia da leitura e discussão de teorias sobre literatura, ancestralidade e história.