EFICIÊNCIA NUTRICIONAL E BALANÇO ENERGÉTICO DE VACAS DE CORTE SOB CONDIÇÕES DE PASTEJO EM DIFERENTES SISTEMAS DE PRODUÇÃO

Resumo

O objetivo com este trabalho foi avaliar um modelo biológico mecanicista para identificar sistemas de produção de bovinos de corte em pastejo mais eficientes. Foram utilizados dados de 110 vacas do setor da bovinocultura de corte da UEMS (Sistema Extensivo), unidade de Aquidauana, e de 36 vacas da Fazenda Paquetá (Sistema Intensivo), município de Ponta Porã, MS. Foram mensurados o peso corporal e o escore de condição corporal das vacas a cada três meses. O peso corporal dos bezerros foi medido na desmama. Foram estimadas as exigências energéticas anuais de mantença, lactação e gestação, e também a energia mobilizada ou depositada das vacas. Avaliou-se o efeito do sistema de produção, comparando-se o índice de eficiência energética e a relação de desmama das matrizes produzindo em cada sistema segundo um delineamento inteiramente casualizado. Utilizou-se o PROC GLM do SAS v. 9.2 (SAS Institute Inc.) e nível de significância de 5%. Vacas mantidas em sistemas de produção intensiva e extensiva apresentaram exigências energéticas anuais para mantença, lactação e gestação de 4.090 e 4.062 Mcal, 981 e 535 Mcal, 751 e 508 Mcal respectivamente. Apenas as exigências para lactação e gestação diferiram entre os sistemas estudados (P<0,05). Também a relação de desmama (sistema intensivo de 0,455 kg/kg e extensivo de 0,425 kg/kg) diferiu (P<0,05), mas não o índice de eficiência energética (32,2 e 33,4 Mcal/kg para os sistemas intensivo e extensivo, respectivamente). O sistema de produção não afetou a eficiência da fase de cria de bovinos de corte a pasto.