CARACTERIZAÇÃO DE VIDROS TELURITOS POLARIZADOS PARA GERAÇÃO DE SEGUNDO HARMÔNICO
Resumo
Dispositivos ópticos ultra-rápidos de baixo custo aplicados nas telecomunicações, podem ser desenvolvidos a partir de materiais vitreos, que são centro-simetricos como preparados mas podem tornar-se anisotrópicos após um tratamento de polarização, apresentando efeito óptico não-linear de segunda ordem, essêncial para tais dispositivos. Vidros teluritos possuem interessantes propriedades ópticas quando comparado a vidros óxidos tradicionais, por exemplo, alto índice de refração linear e não-linear, ampla transparência e baixa energia de fônons, e a possibilidade da indução de geração de segundo harmônico (GSH). Destacando que a adição de metais como Au e Ag fornecem uma melhora destas propriedades. Assim, vidros do sistema (100-x)(60TeO2+40LiNbO3)+xAgNO3, com x= 0, 2 e 4mol% foram preparados via fusão/resfriamento. Aplicou-se a polarização termoelétrica para induzir a anisotropia, que consiste no aquecimento até 290°C, seguido da aplicação simultânea de um tensão de ~ 3kV, e resfriamento mantendo a tensão aplicada. Para determinar a birrefringência utilizamos a polarimetria que consiste em colocar a amostra induzida entre dois polarizadores e girá-los para verificar a defasagem da onda eletromagnética incidente (543nm). Verificamos via interferometria de luz branca a influência da polarização na dispersão do índice de refração. Os resultados de polarimetria reveleram que a birrefringência das amostras pura e dopadas permanece constante, concordando com resultados de outras matrizes já investigadas. A dispersão do índice de refração mostrou um aumento de ~ 0,1 com relação a amostra não tratada. Estes resultados indicaram a eficiência do tratamento de polarização alterando as propriedades ópticas que em estudos posteriores confirmaram a presença de GSH nas amostras.
Palavras chave: Vidros TeO2. Anisotropia Óptica. Polarização Termoelétrica