SAÚDE REPRODUTIVA: UM ESTUDO COM MULHERES DO ASSENTAMENTO ITAMARATI- PONTA PORÃ-MS
Resumo
Resumo: A mulher vem conseguindo com o passar dos anos conquistar mais direitos, porém mesmo no século XXI, não alcançou plenamente a igualdade de gênero e classe social, já garantidos pelos Direitos Humanos, Sexuais e Reprodutivos. As trabalhadoras rurais encontram maiores dificuldades em adquirirem escolaridade, permanecem em situação de pobreza, sofrem violência e sujeitam-se a situações de trabalho que contribuem para uma vulnerabilidade de enfermidades maior. A presente pesquisa teve como objetivo conhecer o enfrentamento e as vivências cotidianas de saúde reprodutiva e sua relação com a questão de gênero das mulheres residentes no Assentamento Itamarati, em Ponta Porã, Mato Grosso do Sul. Foram levantados dados relativos ao planejamento familiar, prevenção contra as doenças sexualmente transmissíveis e prevenção de cânceres ginecológicos. Trata-se de estudo exploratório e descritivo, com abordagem qualitativa, onde utilizamos amostragem por conveniência e entrevista semi-estruturada. Para fundamentar as análises foi utilizado como aporte teórico os Estudos Culturais. Os resultados mostraram que em relação ao planejamento familiar, os métodos utilizados foram a pílula anticoncepcional, o preservativo e a laqueadura, tendo os companheiros interferido na escolha do método. Muitas mulheres tem consciência da importância dos exames de prevenção dos cânceres ginecológicos, e sua maioria procura realizá-los conforme o preconizado, mas encontram dificuldades em realizar consultas médicas e a mamografia. No que diz respeito às doenças sexualmente transmissíveis a maioria referiu nunca ter apresentado. Os dados mostraram que as mulheres residentes neste Assentamento, encontram muita dificuldade na assistência e no cuidado a saúde.
Palavras Chaves: saúde reprodutiva, gênero, saúde da mulher.