PRODUÇÃO DE BIOGÁS POR ESTERCO DE NOVILHAS PANTANEIRAS
Resumo
Objetivou-se avaliar a produção de biogás (total e por kg de esterco) e a redução de sólidos voláteis por estercos de novilhas Pantaneiras. Os estercos foram provenientes de 15 novilhas Pantaneiras com idade aproximada de 30 meses, alimentadas com de feno de baixa qualidade. O ensaio de biodigestão anaeróbia e suas análises foram realizados nos Laboratórios de Resíduos de Origem Animal e Qualidade de Água da UEMS/Aquidauana. Utilizou-se um biodigestor operado em regime batelada, com volume útil de 60 L, construído em PVC, operado com tempo de retenção hidráulica de 125 dias. Realizaram-se análises em amostras do afluente e efluente do biodigestor dos teores de sólidos voláteis (SV) obtidos carbonizando-se as amostras em mufla, a 500°C, por 2 horas. O volume de biogás produzido foi determinado medindo-se o deslocamento vertical do gasômetro e multiplicando-se por sua área da seção transversal interna. Observou-se baixa produção de biogás (0,562 m3 total e 0,375 m3/kg de esterco), fato também confirmado pela redução de SV de 46,64%. Os SV referem-se à matéria orgânica presente no resíduo e sua redução indica a quantidade da matéria orgânica utilizada para produção de biogás. A taxa de redução encontrada demonstra que o processo de biodigestão não foi eficiente, já que, são esperadas taxas de degradação orgânica superiores a 50%. Conclui-se que o processo de biodigestão anaeróbia de estercos de novilhas Pantaneiras alimentadas com feno de baixa qualidade resulta em baixa redução de sólidos voláteis e, consequentemente, baixa produção de biogás.