PH E CONDUTIVIDADE ELÉTRICA PÓS BIODIGESTÃO ANAERÓBIA DE DEJETOS DE SUÍNOS ALIMENTADOS COM RAÇÃO CONTENDO DIFERENTES NÍVEIS DE LISINA
Resumo
Objetivou-se avaliar o potencial hidrogeniônico (pH) e condutividade elétrica (CE) do biofertilizante de dejetos de suínos alimentados com diferentes níveis de lisina. Os dejetos foram provenientes de 320 machos inteiros, entre 65 e 110 dias de idade, alimentados com dietas contendo diferentes níveis de lisina (0,8; 0,9; 1,0; 1,1 %). O ensaio foi conduzido nos Laboratórios de Resíduos de Origem Animal e Qualidade de Água da UEMS/Aquidauana. Utilizaram-se 17 biodigestores batelada de bancada, em PVC, com capacidade útil de 2 litros. Para cada tratamento foram utilizados quatro repetições, e o tratamento 0.8% com três repetições. O tempo de retenção hidráulica foi de 98 dias. O pH e a CE foram mensurados com o auxílio de potenciômetro e condutívimetro digitais. Não se observou diferença para os valores de pH e CE entre os níveis de lisina. Os valores médios de pH foram de 7,95; 8,00; 7,98; 8,04 e de CE 23,0; 22,0; 23,2; 23,7 dS.m-1 para biofertilizantes oriundos dos níveis de lisina 0,8; 0,9; 1,0; 1,1% respectivamente. Os valores de pH estão dentro dos padrões aceitos para lançamento de efluente (5 a 9). Os valores de CE estão acima dos considerados ideais para a fertirrigação, em que valores acima de 6,34 dS.m-1 podem levar ao entupimento dos bicos gotejadores, salinização dos solos e toxidade para as plantas. Os níveis de lisina não influenciam nos valores de pH e CE do biofertilizante e, devido aos altos valores de CE, sua utilização deverá seguir recomendações agronômicas específicas.