O DONO DE ESCOLA E O MESTRE DE ESCOLA: A MERCANTILIZAÇÃO DA ATIVIDADE DOCENTE NA CRÍTICA MARXISTA
Resumo
O capital social global produzido pelo proletariado se divide pela sociedade em forma de atividades assalariadas, e o dono da escola, percebendo a possibilidade de acumular essa riqueza, vende aos pais dos alunos as aulas que ele comprou dos professores. Assim, o presente texto, elaborado mediante pesquisa bibliográfica, tem por objetivo discutir a forma como o burguês dono da escola se apropria da força de trabalho do professor, que é obrigado a vender sua força de trabalho, como uma mercadoria, aos preços regidos pela lei do mercado capitalista (oferta e procura). A força de trabalho do professor é comprada e empregada na produção de outra mercadoria (aula), em seguida é vendida por um valor superior ao que foi comprado do mestre, gerando assim sua mais-valia. Muitas vezes esse profissional é contratado como um técnico de ensino, e encontra sua atividade pronta e programada, de forma a ser meramente executada em apostilas, levando-o a uma condição de enfrentamento de sua atividade. Dessa forma, as relações estabelecidas entre o dono e o mestre da escola se tornam estritamente balizadas pela forma mercantil, ausente de pessoalidade, ambos se relacionam como se fossem coisas, daí a coisificação na relação de ensino.