INFLUÊNCIA DO ALUMÍNIO, RADIAÇÃO UV-C E ALAGAMENTO DO SUBSTRATO SOBRE A FLUORESCÊNCIA DA CLOROFILA a EM Psidium guineense Swarts (Myrtaceae)

Resumo

A execução de projetos em espécies de biomas importantes, como o Cerrado, são fundamentais para dar suporte às práticas conservacionistas e de uso sustentável de seus recursos. Entender como as plantas nativas respondem à múltiplos estresses é importante para compreender os mecanismos de respostas à estes fatores. Objetivou-se avaliar as respostas de plantas de Psidium guineense (Swartz) (Myrtaceae), submetidas à tratamentos de diferentes concentrações de alumínio, tempo de radiação UV-C e alagamento de substrato. Para tanto, foram conduzidos experimentos em diferentes concentrações de alumínio na forma de Al₂(SO₄)3.H₂O₁₈, radiação ultravioleta-C em Câmara de Fluxo Laminar expostas a uma lâmpada germicida (UV-C – 254nm) e tratamento alagado. Avaliou-se a cinética de fluorescência, de plantas cujas folhas foram mantidas por trinta minutos no escuro com auxílio de Leaf clips e submetidas a um flash de 1.500 µmol m^-2 s^-1 durante um segundo com fluorímetro portátil. Não foram encontradas diferenças significativas entre parâmetros médios de fluorescência da clorofila a nas diferentes concentrações de alumínio, intensidades de radiação e alagamento. A eficiência quântica nas diferentes concentrações de alumínio e o fato das plantas não se mostrarem sensíveis a radiação UV-C é esperada para plantas de cerrado que estão sujeitas a altas concentrações de alumínio no solo e irradiância. Quanto ao alagamento, o fato desta condição não afetar significativamente as relações de energia no PSII, não eram esperadas para esta espécie, sendo que o alagamento não é uma condição comum ao cerrado, sugerindo a existência de mecanismos relacionados a fuga metabólica à condição de hipóxia.