“AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE GENOTÓXICA E FOTOGENOTÓXICA DO EXTRATO OBTIDO DAS RAÍZES DE Brosimum gaudichaudii TRÉCUL e Dorstenia brasiliensis LAM. (MOREACEA)”
Resumo
A família Moreacea é constituída por árvores e arbustos. No Brasil os gêneros mais conhecidos são Artocarpus, Dorstenia e Brosimum. A Brosimum gaudichaudii Trécul, é uma espécie nativa do cerrado, popularmente conhecida, como mama-cadela. A Dorstenia brasiliensis Lam., é uma erva perene, conhecida como figueirinha. As folhas de B. gaudichaudii T., são empregadas pela medicina popular como medicamento contra gripes e bronquites. Nas cascas, raízes e frutos verdes desta planta são encontrados um princípio ativo utilizado no tratamento de doenças da pele tais como psoríase e do vitiligo. A D. brasiliensis L. é utilizada como anticonceptiva e antimalárica. Nestas plantas são encontradas as furanocumarinas, principalmente psoraleno e bergapteno, que possuem a capacidade fotossensibilizante. Considerando a utilização da B. gaudichaudii e D. brasiliensis pela medicina popular para o tratamento de diversas doenças, além da ausência de informações sobre o potencial mutagênico. O objetivo do trabalho foi avaliar as possíveis atividades genotóxicas e ou fotogenotóxicas atribuídas as furanocumarinas presentes nestas plantas, utilizando-se o ensaio SMART – Somatic Mutation And Recombination Test, em células de Drosaphila melanogaste, nas linhagens ST e HB. Os resultados encontrados nos descendentes dos respectivos cruzamentos, indicaram que os extratos e o controle positivo (8-MOP) não são genotóxicos, porém quando irradiados com luz ultravioleta A, verificou-se um aumento estatisticamente significativo nas frequências de todas as categorias de manchas mutantes. Indicando que na presença de UVA os extratos e o 8-MOP, tornaram-se reativos interagindo com o DNA, ocasionado um aumento nas frequências de mutações, apresentando assim atividade fotogenotóxica.
Palavras chaves: SMART, vitiligo, fitoterápico e drosófila.