FREQUÊNCIA DE Trichomonas vaginalis EM ESFREGAÇOS CÉRVICO-VAGINAIS
Resumo
A tricomonose é a doença sexualmente transmissível não viral mais comum no mundo, sendo que de modo geral a sintomatologia, quando presente, será mais pronunciada na mulher do que no homem. A mulher pode apresentar variedade de manifestações clínicas, incluindo severa vaginite e infertilidade. Em caso de gravidez, pode levar ao parto prematuro ou morte neonatal. Com o objetivo de avaliar a frequência da tricomonose na população feminina do município de Ivinhema, MS, foi feito estudo retrospectivo descritivo baseado nos laudos citológicos dos exames de vaginoses efetuados pelo método Papanicolaou. As amostras foram coletadas nas Unidades de Saude do município, nos anos 2005 a 2009, e analisadas no Laboratório Central municipal. As taxas de positividade para Trichomonas vaginalis como agravo único, em relação ao total de amostras analisadas/ano, foram de 1,92% (15/782), 2,57% (33/1284), 3,98% (51/1282), 5,55% (82/1477) e 1,05% (18/1711), respectivamente, para os anos 2005, 2006, 2007 2008 e 2009. E em menores proporções ocorreram associação do T. vaginalis com HPV/NIC I 0,08% (1/1284) em 2006, associação com Gardnerella-Mobilluncus 0,39% (5/1282) e Candida 0,16% (2/1282) em 2007, e associação com Gardnerella 0,07% (1/1477) e Candida 0,07% (1/1477) em 2008. A faixa etária com maior prevalência foi de 21 – 30 anos, seguida por mulheres entre 31 – 40 anos, 41 – 50 anos, ≥ 51 anos e ≤ 20 anos. A frequência de achados positivos para Trichomonas vaginalis teve queda expressiva no ano 2009 e as faixas etárias de maiores prevalências estiveram diretamente ligadas à fase reprodutiva da mulher.