Capacidade predatória e desenvolvimento de Chrysoperla externa alimentada com Tetranychus urticae (Koch, 1836) oriundos de feijoeiro
Resumo
O objetivo do trabalho foi avaliar a capacidade predatória e o desenvolvimento da fase larval de crisopídeo tendo como presa ácaro rajado advindas de plantas de feijoeiro. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado com 2 tratamentos (Tetranychus urticae e Anagasta kuehniella) com 30 repetições (larvas). Para o ensaio da capacidade predatória, as larvas foram individualizadas em placas de Petri, onde foi adicionado discos foliares da planta hospedeira infestados pela praga, contendo 30, 60 e 100 ácaros, respectivamente, para larvas de 1º, 2º e 3º ínstares de crisopídeo. Também foi realizado o ensaio oferecendo ovos de A. kuehniella, como presa padrão. Larvas de 1º, 2º e 3º ínstar de crisopídeo consumiram em 24 horas 2,66; 9,76 e 36,96 indivíduos de ácaro rajado, respectivamente, em relação a 19,56; 46,50 e 80,50 ovos de A. kuehniella. A duração larval de 1º, 2º e 3º ínstar foi de 4,30; 4,33 e 9,69 dias, quando alimentadas com ácaro rajado e 3,11; 3,04 e 3,28 dias quando ofertadas ovos de A. kuehniella. Os menores índices de viabilidade foram obtidos pelas larvas de 2º e 3º ínstar de crisopídeo quando alimentadas com ácaro rajado (53% e 0%, respectivamente). O ácaro rajado alimentado de feijoeiro não é uma presa adequada influenciando na capacidade predatória e no desenvolvimento dos ínstares de C. externa, apresentando baixa viabilidade.