ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DE FRUTOS DO CERRADO: ESTUDOS PRELIMINARES

Resumo

Existe grande diversidade de produtos derivados de frutos e constante inserção de produtos no mercado, sendo muitas vezes, ainda não devidamente pesquisados com respeito às suas propriedades e atividades benéficas à saúde. Pantanal e Cerrado, biomas existentes no Estado MS, ricos em biodiversidade, representam um grande potencial de exploração para a obtenção de produtos vegetais úteis. Muitos frutos se destacam como fontes de antioxidantes naturais. Entretanto, teores destes fitoquímicos são influenciados por fatores genéticos, variedade, condições climáticas e edáficas. Alguns frutos podem potencialmente conter maior teor de compostos antioxidantes nos resíduos (pele, cascas e sementes) do que na polpa, ou ainda o perfil dos fitoquímicos ser diferenciado nestas partes. No presente trabalho investigou-se o rendimento e atividade antioxidante do extrato etanólico de frutos de três espécies encontradas em MS, Bixa orellana (urucum), Inga laurina (ingá do cerrado), Schinus molle (arroeira mansa). Este material teve cascas, sementes e polpas separadas e seus extratos obtidos por maceração em etanol. Os extratos etanólicos brutos foram analisados separadamente quanto ao seu potencial antioxidante, podendo-se identificar qual parte apresenta maior potencial de inibição de radicais livres frente DPPH. Os rendimentos obtidos foram: 3,03% para cascas de Bixa orellana, 4,29% para sementes de Bixa orellana, 1,12% para cascas de Inga laurina Willd, 10,97% para polpa de Inga laurina Willd e 25,52% para frutos de Schinus molle. A atividade antioxidante foi avaliada por comparação com o padrão quercetina, através da intensidade de coloração produzida após 30 minutos da vaporização da solução 0,2% de DPPH.