QUANTIFICAÇÃO DOS NÍVEIS DE TREALOSE E ETANOL EM LINHAGENS SACCHAROMYCES CEREVISIAE UTILIZADAS EM DESTILARIAS DE MATO GROSSO DO SUL.

Resumo

Fermentações de teor alcoólico elevado podem ser conseguidas através da utilização de mostos mais concentrados em açúcares, no entanto teores alcoólicos elevados causam estresse às leveduras. Uma das respostas das linhagens de sacchormyces cerevisiae ao estresse fermentativo é o acúmulo de carboidrato de trealose. O presente trabalho tem como objetivo avaliar os níveis de trealose e etanol da linhagem Catanduva-1 em diferentes temperaturas, em mosto a base de caldo de cana. A linhagem foi crescida em meio estéril YPSAC 5% por 24 horas a 30°C. Após o crescimento as leveduras foram lavadas em solução salina (0,85%), e reinoculas no mosto com 15° Brix e encubadas nos tempos de (10, 20 e 40 horas), nas temperaturas 30°C e 40°C. Após o crescimento as leveduras foram centrifugadas e alíquotas foram retiradas para dosagem do etanol e quantificação da trealose. A linhagem apresentou diferenças na produção de trealose nas temperaturas avaliadas. Os níveis de trealose aumentaram significativamente no tempo de 40 horas na temperatura de 40°C, consequentemente houve uma queda na produção de etanol. Em temperaturas mais elevadas observa-se que o acúmulo de trealose ocorre no final da fase exponencial e inicio da fase estacionaria de crescimento quando quase toda a glicose foi consumida do meio. Os dados mostraram que a levedura sofreu estresse fermentativo durante as fermentações prolongadas em altas temperaturas, a qual resultou em perda da capacidade fermentativa e com isso há um aumento dos níveis de trealose e redução da produção de etanol.