AVALIAÇÃO DA PERSISTÊNCIA DA RESPOSTA VACINAL CONTRA HEPATITE B EM HEMODIALISADOS NO MUNICÍPIO DE DOURADOS

Resumo

A morbidade em paciente hemodialisados refere-se entre outros fatores ao risco de contaminação com o vírus da hepatite B (HBV). Estudos apresentam índices elevados de prevalência para hepatite B neste grupo. O risco de infecção pelo HBV neste grupo está relacionado à transfusão de hemoderivados, contaminação por equipamentos de diálise e contaminação cruzada através de superfícies ambientais. A principal forma de prevenção desta infecção é a vacinação contra o HBV. Este estudo objetivou identificar a persistência de títulos protetores de anti-hbs em doentes renais crônicos em programa de hemodiálise em Dourados/MS. Estudo de observacional, analítico, longitudinal retrospectivo. A técnica de amostragem foi por conveniência constituída de indivíduos em tratamento hemodialítico vacinados contra hepatite B. Entre os resultados encontrados observou-se um predomínio do sexo masculino 62,9% (2003) e 77,8% (2005). Apenas 11,9% (2003) e 33.3% (2005), possuíam o ensino fundamental ou menos, o número de analfabetos não foi maior que 2 (dois). Dentre o total de paciente em 2003, apenas 62,8% fizeram o esquema vacinal, protocolado ao inicio do tratamento. Em 2005 a porcentagem de vacinados foi ainda mais baixo, de 45,8%. Dentre o grupo pesquisado, apenas 27,4% e 31,2% dos vacinados, apresentaram Anti-Hbs positivo (>10mUI/ml), nos anos subseqüentes os dados de soroconversão diminuíram. Os achados deste estudo evidenciaram índices insatisfatórios de vacinação contra a hepatite B no início do tratamento, bem como dificuldades em seguir o protocolo com realização de doses reforço e sorologia para anti-HBS, o que não permite a identificação da permanência do anti-HBs nos indivíduos estudados. Palavras Chaves: Hepatite B, Hemodiálise, Enfermagem, Imunização