CONTROLE MICROBIANO E QUÍMICO DE PERCEVEJOS DA SOJA (HEMIPTERA PENTATOMIDAE) EM CASSILÂNDIA–MS

Resumo

A pesquisa objetivou avaliar o controle microbiano e químico de percevejos da soja com seletividade aos inimigos naturais. O trabalho foi conduzido na UEMS/ Cassilândia – MS, em 4 blocos casualizados com 4 tratamentos de parcelas de 6 x 6m da cultivar Valiosa RR. Os tratamentos foram: 6 x 109 conídios ha-1 de Metharizium anisopliae e de Beauveria bassiana; ENGEO PLENO® (0,2 L p.c. ha-1) e testemunha (sem aplicação). A 1ª aplicação foi realizada de forma inoculativa em estágio R3 e outra em R5.1, onde também realizou-se a primeira aplicação de ENGEO PLENO®. Sendo as avaliações em prévia, 3, 7, 14 e 21 dias após a aplicação realizada em R5.1. Verificou-se pequena população de Piezodorus guildinii e Euschistus heros em estágio R4 (prévia), com 2 adultos em todas as amostragens. Após a primeira aplicação de ENGEO PLENO® verificou-se que as médias de P. guildinii não diferiram significativamente entre os tratamentos em todas as avaliações. Para E. heros foi verificado diferença significativamente nos tratamentos somente aos 14 DAA, onde o tratamento ENGEO PLENO® diferiu dos demais, após a segunda aplicação de ENGEO PLENO® em R6, verificou-se que ambas populações (P. guildinii e E. heros) não diferiram. Visto que não ocorreu diferença significativa entre os tratamentos, verificou-se que o tratamento químico afeta negativamente nas populações de predadores (aranhas, percevejos predadores), e os fungos foram menos agressivos. Concluir-se que M. anisopliae e B. bassiana podem ser utilizados como métodos de controle alternativos promissoras no manejo dos percevejos da soja.