CONTAGEM DE OVOS DE NEMATÓDEOS GASTRINTESTINAIS EM OVELHAS DE DIFERENTES RAÇAS SUBMETIDAS A TRATAMENTO HORMONAL PARA INDUÇÃO DE ESTRO

Resumo

Avaliando o efeito do tratamento hormonal de curta e longa duração de indução de estro sobre a liberação de ovos por helmintos gastrintestinais por meio da contagem de OPG em ovelhas de diferentes raças, foram utilizadas 24 ovelhas das raças Santa Inês, Ile de France e ovelhas sem raça definida. As fêmeas de cada raça foram divididas aleatoriamente em dois grupos (G7, G14), e receberam esponjas intravaginais contendo acetato de medroxiprogesterona, que permaneceram por sete (G7) e quatorze (G14) dias na porção cranial da vagina. No momento da retirada das esponjas, uma injeção de gonadotrofina foi aplicada. As fezes foram coletadas semanalmente, tendo início na indução do estro até o final da estação de monta com duração de sessenta dias. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado em arranjo fatorial 2 x 3 (Tratamento hormonal x Raça). Foram verificados efeitos (P<0,01) de tratamento e raça, bem como suas interações. Os animais submetidos ao G7 apresentaram média de contagem de OPG (1132,5 ± 272,32) superior (P<0,01) ao G14 (156,1 ± 23,32). As fêmeas sem raça definida (410,46 ± 72,49) e Santa Inês (415,93 ± 89,37) apresentaram contagem de OPG inferior (P<0,01) às da raça Ile de France (1198,26 ± 433,52). Sobre a interação tratamento hormonal x raça verificou-se que o tratamento G7 e fêmeas Ile de France apresentaram maior contagem de OPG. Conclui-se que o tratamento hormonal de curta duração apresentou maior efeito sobre a contagem de OPG e a raça Ile de France a que mais sofreu influência do tratamento.