AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO, DA TOXIDADE E DAS ATIVIDADES ANTIMICROBIANA E ANTIOXIDANTE DE EXTRATOS ETANÓLICOS DAS FOLHAS E DOS FRUTOS DE CAMPOMANESIA PUBESCENS

Resumo

As plantas do gênero Campomanesia, da família Myrtaceae, são popularmente conhecidas como guavira ou guabiroba e são de grande abundância em regiões de cerrado. Segundo informações etnobotânicas, os chás das folhas de guavira são utilizados para desarranjo intestinal, no combate a obesidade, em problemas de estômago, febre entre outros. O presente trabalho tem como objetivo realizar um estudo com relação a composição, toxicidade e atividades antimicrobiana e antioxidante dos extratos etanólicos das folhas e frutos da espécie C. pubescens. As folhas e frutos de C. pubescens foram coletadas em Campo Grande –MS. Os extratos foram obtidos por maceração. Efetuou-se a separação por filtração simples e os extratos obtidos foram concentrados em evaporador rotativo e secos em capela. Após os extratos etanólicos foram analisados empregando métodos espectrofotométricos e biológicos. Foram realizadas análises de fenóis, flavonóides, toxicidade e atividades antioxidante e antimicrobiana. Nos testes de atividade antioxidante dos extratos etanólicos dos frutos e das folhas empregando o radical livre DPPH, os percentuais de inibição, (88,08%; 87,74%; 42,16%) e (88,10%; 85,20%; 47,58%), respectivamente, apresentaram-se semelhantes para as mesmas concentrações. Com relação ao teor de fenóis (467,5 mg/g) e flavonóides (190,2 mg/g) o extrato etanólico das folhas apresentou maiores teores do que o obtido para o extrato etanólico dos frutos, que foram (161,1 mg/g) para fenóis e (13,2 mg/g) para flavonóides. Os extratos nas concentrações de 80, 40 e 8µg/mL não apresentaram toxicidade para Artemia salina. Os extratos também não apresentam atividade antimicrobiana para as bactérias testadas nas concentrações de 400µg por disco. Palavras chave: Campomanesia, guavira, flavonóides, atividade antioxidante