TY - JOUR AU - França da Silva, Juliane Martins AU - Ramalho, Maria Cassia da Silva AU - Vieira, Joyce dos Santos AU - Vicentin, Wagner PY - 2016/12/15 Y2 - 2024/03/29 TI - A UTILIZAÇÃO DE MINIECOSSISTEMA COMO RECURSO DIDÁTICO E EXPERIMENTAL PARA O ENSINO DE CIÊNCIAS JF - ANAIS DO EGRAD JA - GRAD VL - 3 IS - 6 SE - CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE DO - UR - https://anaisonline.uems.br/index.php/egrad/article/view/3506 SP - AB - <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 100%;" align="justify"><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: medium;">A prática docente na Educação Básica apresenta-se cada vez mais como uma atividade desafiadora ao competir pela atenção dos alunos com diversos atrativos tecnológicos, principalmente se esta prática for mediada apenas por aulas expositivas e tradicionais. A inserção de práticas experimentais pode potencializar o aprendizado uma vez que com a vivência investigativa, a formação e a criação de novos conceitos podem se tornar muito mais interessantes aos estudantes. Para o ensino de tópicos ligados à Ecologia, a elaboração de experimentos como a construção de ecossistemas em miniaturas se destaca pelo seu caráter investigativo e por possibilitar aos alunos um acompanhamento mais próximo de processos ecológicos que ocorrem na natureza. Assim, a fim de se desenvolver a capacidade argumentativa dos alunos e elaborar uma prática experimental para o ensino de Ciências, foi conduzido um experimento que consistiu na produção de dois miniecossistemas autossustentáveis sob a hipótese de que a serapilheira composta por folhas secas da mangueira </span></span><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: medium;"><em>Mangifera indica</em></span></span><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: medium;"> influenciaria positivamente no desenvolvimento das espécies de plantas. Para tanto, os ecossistemas foram montados em duas garrafas transparentes de plástico de cinco litros. Em ambos foram adicionados água (100 ml) e um substrato, com a mesma quantidade em cada, composto por cascalho, areia e terra, sendo que em apenas uma garrafa foi adicionada a serapilheira. Em seguida foi plantado em cada frasco um representante, de tamanho similar, das seguintes espécies: avenca, </span></span><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: medium;"><em>Adiantum</em></span></span><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: medium;"> sp.; antúrio </span></span><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: medium;"><em>Anthurium andraeanum</em></span></span><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: medium;"> e musgo, </span></span><span style="font-family: roboto,Times New Roman,serif;"><em><span style="background: #ffffff;">Tortula Muralis</span></em></span><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: medium;">. Os frascos foram lacrados com fita adesiva e para acompanhar o desenvolvimento das plantas foi colado um adesivo transparente milimetrado. Ao longo de dois meses, verificou-se que o crescimento das plantas foi menor no ecossistema com serrapilheira do que no ecossistema sem serrapilheira, respectivamente: avenca 1 e 1 cm, antúrio 1 e 9 cm e o musgo 3 e 10 cm. Estes resultados foram contrários à hipótese inicial de que a </span></span><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: medium;">serrapilheira melhoraria as propriedades físicas, biológicas e químicas do solo e por consequência influenciaria em um crescimento mais substancial das plantas. Como explicação alternativa, provavelmente o efeito alelopático do extrato folioso da mangueira pode ter inibido o desenvolvimento das plantas. Compostos aleloquímicos presentes nos tecidos de </span></span></span><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: medium;"><em>M. indica</em></span></span></span><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: medium;"> são conhecidos por inibirem ou retardarem o desenvolvimento de outras plantas. No ambiente sem serrapilheira foi possível observar a formação de gotículas de água no topo do frasco, demonstrando mais prontamente o ciclo da água e a importância da serrapilheira na retenção da água, visto que em um ambiente aberto o solo perderia umidade mais rapidamente. </span></span></span><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: medium;">Esta atividade, além de constituir um mini laboratório prático e um material didático-pedagógico alternativo, possibilitou o desenvolvimento do conhecimento por meio da observação, experimentação e exploração de conceitos ecológicos no ensino de Ciências.</span></span></p> ER -