BRINCANDO E APRENDO A BRINCAR
Palavras-chave:
Brincadeira, Lúdico, Educação InfantilResumo
As crianças aprendem brincando, correndo, pulando, imitando e de mil e outras formas de interação com as pessoas e o ambiente. Brincar é uma conduta organizada, com regras explícitas e/ou implícitas, e um fim em si mesma. O objetivo deste trabalho é relatar experiências das estudantes bolsistas do Programa institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) - Subprojeto Pedagogia como promotoras de brincadeiras de crianças de quatro a cinco anos na Educação Infantil de uma escola Municipal de Campo Grande – MS. A escolha do brincar e das brincadeiras justifica-se por ser um dos eixos da Educação Infantil, por sua aplicabilidade no desenvolvimento de atividades de diferentes Campos de Experiências, e pelo interesse das crianças. A metodologia adotada divide-se em revisão bibliográfica, observação direta com registros no diário de bordo, discussão com equipe pedagógica da escola e intervenção pedagógica. A intervenção contou com o planejamento das brincadeiras, confecção dos brinquedos e jogos com material recicláveis, organização do ambiente e brincadeira com as crianças. Dentre as brincadeiras desenvolvidas, destacamos a uma gincana, composta de quatro brincadeiras que exigiam habilidades motoras, sensoriais e alguns conhecimentos já trabalhados pela professora regente. As crianças foram organizadas em quatro grupos, e as brincadeiras como um circuito para que todas pudessem participar de todas as atividades, testar suas habilidades e conhecimentos. Neste circuito privilegiamos o desenvolvimento motor e sensorial. As vivências resultaram na compreensão da importância do olhar sensível, esse que deve ser realizado com cautela para a escuta da criança e sua observação, da brincadeira como potencializadora da Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP) e que as crianças são sujeitos de direitos e produtoras de cultura. O circuito foi construído com intenção de auxiliar o aprendizado das crianças, por sabermos que nem toda conduta organizada é brincadeira, devemos levar em conta que talvez nem todas as crianças tenham brincado ou que tenha acontecido a interação da maneira planejada, contudo as acadêmicas tomaram cuidado para que as atividades ocorressem de maneira lúdica e não apenas uma ensinagem. Ocorreu uma interação social entre elas, algumas auxiliaram seus colegas, outras realizaram pelo caminho que elas achavam ser correto, outras modificaram as regras das atividades, deixamos essas modificações para não matar a ludicidade, pois é uma linha tênue entre o brincar e as atividades escolares. A criança precisa aprender a brincar e aprende brincando, porém nem toda atividade com brinquedos e jogos realizada na escola é uma brincadeira. Concluímos que, as vivências da docência na Educação Infantil reforçaram a necessidade de aprofundamento teórico para compreensão da realidade e auxiliaram no entendimento das teorias. Experienciamos o ser professoras da turma, o agir profissional com as crianças e adultos da escola. Com a realização da gincana, percebemos que o brincar na escola precisa ser planejado e avaliado, e que a brincadeira pode de maneira divertida, estimular o aprendizado, e torná-los mais duradouro e significativo.
Referências
Sem referências