RESOLVENDO MULTIPLICAÇÃO: DEDO NO RESULTADO

Resumo

Neste trabalho apresentamos o relato de experiência de uma proposta de intervenção extracurricular, com duração de duas horas aulas, em uma sala de aula do sétimo ano do Ensino Fundamental da Escola Estadual Hermelina Barbosa Leal em Cassilândia-MS. A proposta foi aplicada por uma acadêmica do Curso de Matemática da UEMS/Cassilândia, bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação a Docência (PIBID) e orientada pelo professor supervisor e pela coordenadora de área do PIBID. O objetivo da proposta foi auxiliar a turma do sétimo ano a superar suas dificuldades com relação às operações de multiplicação. Para isso foi confeccionado um painel contendo vários números resultados de operações de multiplicação e utilizados as cartas do jogo UNO (um jogo muito popular no meio estudantil) para criar os cálculos de multiplicação a serem resolvidos mentalmente pelos alunos. No fundo da sala de
aula foi colocada uma mesa para que juntamente com alguns alunos criássemos as operações de multiplicação por meio dos números das cartas sorteadas do UNO. Na frente da sala de aula, próximo à lousa, ficaram dois alunos segurando o painel de resultados, que também tinham a tarefa de fiscalizar o acerto ou erro dos colegas que apontariam o dedo no resultado. Os demais alunos que estavam na aula foram divididos em duas equipes e cada vez que seria realizado um sorteio das cartas do UNO, cada equipe escolhia um integrante para resolver o cálculo. Marcava ponto a equipe que respondesse primeiro, ou seja, aquela em que o integrante escolhido colocasse o dedo no número que correspondia à operação criada a partir do sorteio das cartas de UNO. No decorrer da aula fizemos o rodízio das funções exercidas por cada um dos alunos: ora segurando o painel de resultados e conferindo se os colegas estavam apontando no resultado correto, ora fazendo o sorteio e criando as operações, ora colocando o dedo no painel de resultados, ora no grupo ajudando o colega que colocaria o dedo no resultado. Antes de iniciarmos o jogo falamos sobre os objetivos da
atividade e também sobre a importância de todos interagirem e participarem com alegria, independente dos erros de cálculos. Os alunos acolheram muito bem a proposta de intervenção e todos participaram com dedicação, ajudando os colegas quando necessário. Algumas vezes tivemos que interferir para auxiliar os alunos na realização das operações. Destacamos que alguns alunos criaram situações problemas na tentativa de auxiliar os colegas que estavam com dificuldades para fazer os cálculos, além de incentivarem aqueles colegas que recusavam a assumir alguma das funções durante a aula. A atividade permitiu que os alunos se expressassem com autonomia verbal, pois ao apontarem o dedo no resultado eram questionados como chegaram àquele resultado e oralmente eles explicavam se tinham algum método para chegar ao resultado ou se simplesmente tinham memorizado o produto entre os números. Portanto, a atividade contribuiu com o processo de aprendizagem dos alunos relacionado ao conceito de multiplicação, colaborou para que houvesse a integração entre eles e engajamento com a aula.