VIVÊNCIAS PRÁTICAS DO PROGRAMA RESIDÊNCIA PEDAGÓGICA: UMA IMERSÃO NA ESCOLA ESTADUAL JOAQUIM MURTINHO
Palavras-chave:
Formação, Educação Básica, DocenteResumo
O Programa de Residência Pedagógica é um importante fomento para a formação de professores da educação básica no Brasil. Partindo da premissa que a profissão do docente que atua na educação básica exige a indissociabilidade entre a teoria e a prática, o Programa de Residência Pedagógica torna-se um canal facilitador do contato do graduando de licenciatura com as vivências práticas do ambiente escolar, podendo aplicar os conhecimentos teóricos adquiridos ao longo da sua formação. Mas ao deparar-se com a realidade da escola, o residente pedagógico tem como apoio a preceptoria do professor da educação básica, que lida cotidianamente com os desafios da prática docente, e tem ao longo dos deizoito meses do programa, tempo hábil para mostrar todos os processos que envolvem a prática pedagógica. O objetivo deste trabalho será apresentar as vivências do residente pedagógico na Escola Estadual Joaquim Murtinho, situada no município de Campo Grande-MS, durante o ano letivo de 2023. A metodologia se deu através de registros diários, em forma escrita e audiovisual, das visitas realizadas na Escola Estadual Joaquim Murtinho, onde foram acompanhadas as aulas da disciplina de Geografia e Itinerários Formativos da área de Ciências Humanas, para turmas de ensino médio. Além disso o residente pedagógico participou de reuniões de formação continuada de professores no início do ano letivo e conselhos de classe, realizadas ao fim de cada bimestre. Um dos pontos observados ao longo do programa, foi a forma dinâmica que a preceptora detêm em explicar os conteúdos das disciplinas, trazendo sempre elementos do cotidiano dos estudantes e correlacionando-os com os conceitos teóricos. O uso de tecnologias também se fez presente durante as aulas, principalmente em aulas de Geografia, em que o uso de imagens e vídeos tornam-se essenciais como materiais de apoio pedagógico. A disposição do residente pedagógico em aprender e de colocar seus conhecimentos em prática, e da preceptora em confiar o espaço das salas de aulas, fez com que praticamente todas as aulas desde o ínicio do ano letivo acontecessem em formato de coparticipação, ou seja, em que ambos atuavam diretamente, complementando e colaborando para o enriquecimento e dinâmica em repassar os conteúdos aos estudantes. Isso fez com que os estudantes criassem também um vínculo com o residente e aos poucos se habituassem com sua presença nas aulas, não o vendo como “estagiário”, mas sim como um professor em fase final de formação. Toda essa parceria entre a preceptora e o residente, fez com que o residente pudesse viver uma verdadeira imersão no ambiente escolar e na rotina pedagógica. Apesar dos cursos de licenciatura contarem com os estágios obrigatórios, esses acontecem de maneira metódica e em menor tempo
de duração. A vivência do cotidiano escolar, num período de dezoito meses em cada programa, dá aos residentes pedagógicos mais tempo para desenvolver ações nas escolas, que permitirão que estes se tornem professores que já conheçam a realidade escolar, seus problemas, e consequentemente, capacitando-os para intervenções mais assertivas no futuro.
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