ANÁLISE DA INFLUÊNCIA LUMINOSA SOBRE A GERMINAÇÃO E CRESCIMENTO DE GIRASSOL: UMA EXPERIÊNCIA DE ENSINO E PESQUISA
Palavras-chave:
luminosidade, germinação, crescimento inicialResumo
O cultivo do girassol influencia a economia, que a partir do óleo extraído das sementes
produz biodiesel, substituindo o combustível fóssil e propiciando lucratividade e sustentabilidade ao
mesmo tempo. Além disso, possui importância com propósitos terapêuticos e, algumas espécies são
utilizadas no setor alimentício, na produção de cosméticos ou como plantas ornamentais. Entender
sobre a influência da luminosidade no plantio do girassol é fundamental na compreensão das
necessidades desta planta. O presente trabalho é resultado de um processo avaliativo interdisciplinar
das disciplinas de Bioestatística e Metodologia Científica e Pesquisa em Ensino de Ciências da
Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul - Unidade de Ivinhema, e objetivou analisar e
comparar a germinação e desenvolvimento inicial de sementes de girassol da espécie Helianthus
annus expostas a diferentes índices de luminosidade. Como metodologia desenvolveu-se uma
pesquisa quantitativa e experimental e para tal utilizou-se sementes de H. annus, as quais foram
semeadas em vinte recipientes provindos de garrafas do tipo PET, cortadas na altura de 14cm,
perfuradas, e preenchidas com substrato próprio para jardinagem e cascalho ao fundo para
escoamento da água. Plantou-se três sementes por recipiente, e cada um desses correspondeu a uma
unidade amostral, as quais foram divididas em dois grupos de dez cada, sendo esses: A) grupo
representativo de maior índice de luminosidade, o qual ficou em local aberto com período
sombreado pela manhã e luminosidade direta pela tarde e; B) grupo representativo de menor índice
de luminosidade, o qual foi acondicionado em um quarto de madeira com baixa luminosidade. Após
24 dias foram feitas comparações quanto aos índices de germinação, número de folhas por planta e
altura do caule de cada planta. A análise estatística foi realizada utilizando-se o programa BioEstat
versão 5.0, aplicando-se o teste de normalidade e, em seguida, o teste t-student para amostras
independentes (dados paramétricos) e de Wilcoxon (dados não paramétricos), considerando-se o
nível crítico de significância de 5% para todos os testes. Nas condições experimentais, 100% das
sementes do grupo A e 80% das sementes do grupo B emergiram. No entanto, aquelas plantas que
emergiram não diferiram significativamente quanto à altura do caule (P > 0,05), mas diferiram
quanto ao número de folhas por planta (P < 0,05), sendo que o grupo A apresentou valores de média
± desvio padrão de 4,2 ± 0,632 e o grupo B apresentou valores de 2,37 ± 0,74. Quanto às características
morfológicas, as plantas do grupo B apresentaram maior amarelamento das folhas e maior superfície
do limbo, devido a deficiência no processo de fotossíntese, quando comparadas às plantas do grupo
A. A partir das análises realizadas, pode-se concluir que a exposição de H. annus a um maior índice
de luminosidade (grupo A) levou a uma maior porcentagem de germinação e um número maior de
folhas por planta. Por outro lado, a falta de luminosidade (grupo B) causou características de déficit
fotossintético. Adicionalmente, a partir do estudo, foi possível pôr em prática os conhecimentos
adquiridos nas duas disciplinas mesmo diante dos desafios do ensino remoto.
Referências
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