DESENVOLVIMENTO SILVICULTURAL DE EUCALYPTUS UROGRANDIS EM SISTEMA SILVIPASTORIL

Resumo

A crescente demanda por alimentos, energia, produtos oriundos e não oriundos de madeiras,
juntamente com a menor acessibilidade a recursos naturais como água e solo, estão gerando um
grande desafio aos produtores. Um setor agroflorestal que tem crescido bastante e despertado
interesse de vários cientistas e produtores são os sistemas silvipastoris, que é basicamente a
pecuária em conjunto com florestas. Esse tipo de produção tem se destacado pelo fato da produção
além de rentável ser economicamente e socialmente sustentáveis. Com base nisso o presente
trabalho teve como objetivo avaliar o desenvolvimento silvicultural de Eucalyptus urophylla x E.
grandis, híbrido urograndis, clone I-144, em sistema silvipastoril com renques de três fileiras, por
meio de avaliações dendrométricas periódicas trimestrais. O estudo foi realizado na Fazenda
Agropecuária Ouro Branco, situada em Bandeirantes, Mato Grosso do Sul. As árvores foram
submetidas a avaliações de diâmetro a altura do peito (DAP), altura total (H), volume de madeira
por árvore e volume de madeira por hectare. O experimento foi conduzido durante o período de
doze meses, entre agosto de 2017 a julho de 2018. Os dados dendrométricos obtidos foram
submetidos à análise estatística de variância por meio do teste F, e, quando significativas, as médias
foram comparadas pelo teste de Tukey (p ≤ 0,05). Os resultados de DAP em comparação entre as
três fileiras, não apresentaram diferenças significativas em nenhuma das quatro avaliações. Em
relação a altura de plantas, em todas as avaliações houve diferenças significativas, sendo que as
plantas das fileiras superiores apresentaram as menores alturas durante os doze meses, diferindo das
fileiras inferiores e centrais que não diferiram entre si. O volume das árvores tanto por planta
quanto por hectare, só apresentaram diferenças significativas aos 24, 27 e 30 meses de idade, sendo
os melhores resultados vindos das fileiras inferiores. Contudo, pode-se concluir que o desempenho
do componente arbóreo, no arranjo populacional adotado, do vigésimo quarto ao trigésimo mês, foi
adequado no sistema silvipastoril e aceitável para espécie arbórea.