ENTRE A PRÁTICA E A TEORIA: AS VIVÊNCIAS DE MONITORA
Resumo
A monitoria foi criada pelo artigo 41 da Lei Federal nº. 5.540, de 28 de novembro de 1968, que fixou normas de funcionamento do ensino superior, e delegou às universidades a responsabilidade pelo estabelecimento das funções a serem desenvolvidas pelos alunos-monitores. Na Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, as funções estão associadas ao exercício da docência e a formação do aluno-monitor. Neste trabalho, apresentamos parte das vivências como monitora acadêmica da disciplina Infância e Educação Infantil do Curso de Pedagogia ofertado na Unidade Universitária de Campo Grande. As atividades realizadas podem ser agrupadas em: a) formação da estudante monitora com leituras da bibliografia básica e complementar da disciplina, participação em reuniões e grupos de estudo; b) apoio suplementar aos estudantes com atendimento em horário e local predeterminado; c) preparação para a docência com discussão do planejamento elaborado pela professora orientadora, estudo dos textos, escolha e preparação de procedimentos e materiais didáticos, auxílio na documentação da disciplina e organização de acervo composto por textos, vídeos e brinquedos. O Laboratório Lúdico Pedagógico (LALUPE) serviu de palco para os encontros da monitora com os estudantes interessados em conversar sobre os assuntos da disciplina, análise e catalogação dos brinquedos destinados as crianças de 0 a 6 anos, estudo e seleção de artigos científicos sobre a infância em diferentes contextos, e preparação de recursos audiovisuais. A monitoria tem oportunizado a significação de teorias e a percepção da relação com a prática docente, pouco vivenciada nos primeiros anos da formação. O convívio com a professora orientadora tem oferecido suporte e segurança à estudante na reflexão dos temas ligados à educação, na formulação de questões e na elucidação das mesmas. Ressalta-se que, a procura dos estudantes por auxílio da monitora foi até o momento menor do que o esperado, o que talvez possa ser justificado pelo grande número de alunos-trabalhadores que compõem o quadro discente.