Desenvolvimento Equilibrado Versus Desenvolvimento Desequilibrado: Uma Breve Revisão das Principais Teorias
Resumo
O presente estudo teve como objetivo fazer uma breve revisão das principais teorias do desenvolvimento regional, com ênfase às teses do desenvolvimento equilibrado e desequilibrado, referenciando também as novas abordagens. O trabalho foi desenvolvido com base numa pesquisa bibliográfica e descritiva. Para tal, foram consultadas publicações - livros e artigos especializados sobre o assunto. Os resultados mostram que a estratégia de desenvolvimento equilibrado parte do pressuposto de que os empreendimentos não viáveis do ponto de vista individual podem se transformar em investimentos viáveis quando considerado em conjunto com outros empreendimentos. Por outro lado, a corrente que defende a tese do desequilíbrio preconiza que o crescimento não surge espontaneamente ao mesmo tempo em todas as regiões. Seus defensores argumentam que este se manifesta em pontos específicos ou polos de crescimento, para depois se espalhar por toda a economia. O trabalho conclui que a primeira corrente é baseada nos fundamentos clássicos de equilíbrio entre oferta e demanda e prega a seguinte ideia: a de que um projeto implantado de forma individual tem probabilidade de fracassar por insuficiência de demanda, porém, não sendo ocaso quando vários outros forem sendo implantados ao mesmo tempo, uma vez que no agregado a expansão do nível de emprego e renda tende a criar o mercado necessário. Conclui também, que a segunda corrente tem como premissa central orientar os investimentos para setores-chave da economia, fazendo com que esse processo de concentração resulte na maximização dos retornos. A teoria parte do pressuposto de que as desigualdades regionais aumentam com a polarização em situações de crescimento econômico acelerado, atingem seu máximo em algum dado momento do tempo, para posteriormente declinar quando se inicia um processo de despolarização. Por fim, as novas teorias do desenvolvimento regional mostram uma variedade de visões, que podem ser classificadas da seguinte forma: a Nova Geografia Econômica; a Escola da Especialização Flexível; os Sistemas de Inovação Regional; a Teoria da Competitividade de Porter; e, por fim, as Teorias do Crescimento Endógeno.